Tenho pensado bastante sobre mudanças. Sobre aquela angústia que nos envolve e acaba nos fazendo tomar decisões que, quem sabe, não tomaríamos se tudo estivesse indo "muito normal"...
Tenho um desejo ardente dentro de mim hoje: desejo de falar do que tem me tirado o fôlego nos últimos meses, de tudo aquilo que me tem feito suspirar por horas a fio; do olhar que me faz estremecer e do sorriso que me tem feito perder o sono...
Sei que só depende de mim me livrar de tudo isso, seja cortando pela raiz ou intensificando essa coisa mágica de ter borboletas no estômago!
Mas também sei que isso implicará mudanças. E é delas que eu tenho, quem sabe, medo.
Medo da minha liberdade... medo de voltar a viver em paz... contraditório, não é? Mas é exatamente o medo que eu tenho. Medo de arriscar uma possível parte da felicidade da minha vida inteira, arriscando com isso deixar passar batido o real motivo de eu estar, agora, sorrindo tão bonito!...
Em meio ao turbilhão de coisas que se passa em minha cabeça nesse momento, tenho apenas uma certeza: quero e farei o que for possível para que tudo ocorra da melhor forma possível.
Nem que para isso eu precise encarar o fantasma do medo, deixando que ele se estrangule sozinho...
Para todos os efeitos,
só gostaria de externar aqui a razão do meu olhar perdido,
do meu sorriso bobo,
da minha gargalhada dada com maior vontade,
das borboletas fazendo festa no meu estômago,
das minhas mãos frias e trêmulas,
do meu coração acelerado...
É ele.
A culpa é toda dele.
Todo mundo já sabe que é ele.
E talvez, por tudo isso,
eu nem precise contar...
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